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Como uma boa liderança de pessoas promove a igualdade racial nas empresas?

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O papel da liderança de pessoas na promoção da igualdade racial dentro das organizações

Levantar a bandeira da igualdade racial e conscientizar os colaboradores a respeito das disparidades no ambiente de trabalho são os principais caminhos para toda e qualquer organização que deseja nivelar a equidade, principalmente entre os cargos de liderança.

Muito embora o desempenho do Brasil tenha melhorado nas últimas décadas, em termos de inclusão social, há, ainda, uma distância enorme entre brancos e negros ocupando cargos de diretoria ou liderança de pessoas, segundo dados da Pnad, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em paralelo, o Instituo Ethos realizou uma pesquisa com as 500 empresas de maior faturamento do país, constatando que os negros representam 57% a 58% dos aprendizes e trainees, enquanto na gerência eles são apenas 6,3%. No quadro executivo, a proporção é ainda menor, onde 4,7% são negros e somente 0,4% são mulheres.

O último dado abre espaço para reflexão ao ponto que, há pouco tempo, as mulheres ainda eram consideradas menos qualificadas por serem vistas como sentimentais, sensíveis, escandalosas e explosivas se comparadas aos homens, além da gravidez.

No entanto, as mulheres negras no mercado carregam estes dois pesos: o machismo e o racismo estrutural. De acordo com um levantamento realizado pela startup 99jobs, tais preconceitos não só atrapalham a trajetória dessas mulheres na busca por cargos gerenciais, como também fazem com que uma parcela expressiva tenha que abdicar de seus sonhos ou valores para poder avançar na carreira.

 

Complemente sua leitura: Gestão de pessoas é sobre diversidade – e isso tem que estar na cultura da sua empresa!

 

Qual é o significado de equidade racial?

 

Para as empresas, a equidade racial deve significar mais do que apenas contratar pessoas de diferentes origens raciais. Em vez disso, a equidade deve ser definida como um meio para eliminar as diferenças, de modo a melhorar as condições destes grupos historicamente marginalizados. Sendo assim, a equidade racial trabalha em direção à justiça, um conceito que descreve a ausência de desigualdades sistêmicas que impedem certos grupos de pessoas de conquistar espaços na sociedade.

É importante lembrar que, por muito tempo, pessoas negras foram consideradas menos capazes para o mercado de trabalho, como consequência do período de escravidão — cujos ecos reverberam até hoje. Uma pesquisa feita pela empresa CEGOS, de treinamento e desenvolvimento, revela que 75% das organizações brasileiras apontam o racismo como principal discriminação no ambiente de trabalho. Outro dado importante, da mesma pesquisa, indica que 63% dos funcionários alegaram ter sido alvo de pelo menos uma forma de discriminação, através de seus colegas e/ou gerentes diretos.

 

3 dicas para trabalhar a igualdade racial na sua empresa

 

Após compreender a falta de referência da população negra em posições gerenciais, os profissionais de Recursos Humanos devem se conscientizar sobre as principais medidas e ações a serem tomadas, a fim de melhorar a qualidade de vida no trabalho por meio da promoção de igualdade racial.

 

Amplifique as vozes negras

 

É crucial ter conversas ativas sobre diversidade e racismo estrutural no ambiente de trabalho, especialmente entre a liderança de pessoas, mas, se as iniciativas sobre questões raciais estão sendo conduzidas majoritariamente por homens brancos, estamos perdendo uma parte crucial do quebra-cabeça. No processo de reestruturação de uma organização em direção à equidade, as vozes e perspectivas negras devem ser ativamente engajadas, amplificadas e referidas.

Os feedbacks — tanto em práticas pré-existentes quanto em mudanças recém-propostas — devem ser solicitados com frequência. Parte disso envolve criar um espaço aberto, onde os diálogos sobre a negritude sejam bem-vindos e todos os funcionários sintam-se à vontade para compartilhar experiências dentro da empresa.

No entanto, não espere que esses funcionários sejam obrigados a educar seus colaboradores. Ainda é possível abrir espaço para que eles se envolvam em questões de melhoria na empresa, sem que assumam o fardo emocional e demorado da mudança sistêmica.

 

Examine os processos internos

 

Comece examinando onde sua organização pode contribuir efetivamente para combater o racismo institucional. Embora sua primeira reação possa ser defender a si mesmo, ou a sua empresa, é importante lembrar que todos têm um trabalho a ser feito, independentemente de onde esteja em sua jornada para a equidade.

Muitos casos de racismo não são abertamente expressos e percebidos, de modo que, preconceitos internalizados não controlados são incorporados às nossas ações cotidianas. Geralmente, os colaboradores não percebem as pequenas ações que contribuem para o status quo, que, muitas vezes, apoia o racismo.

Portanto, é preciso examinar e revelar esses preconceitos antes que eles causem mais danos não intencionais. Palestras e treinamentos sobre preconceitos inconscientes podem ser um ótimo primeiro passo para as organizações que desejam conscientizar seus funcionários, a fim de promover uma aliança mais ativa e consciente.

Em seguida, avalie como esses preconceitos se manifestam nas partes cotidianas da sua empresa. Eles se revelam na estrutura das reuniões? No processo de contratação? Na cultura organizacional? Realize um planejamento estratégico para identificar esses setores e reestruturá-los conforme necessário, juntamente com o apoio da liderança de pessoas.

 

Compreenda as diferenças entre equidade e igualdade

 

A igualdade é a ideia de que caminhos, oportunidades e acessos devem existir para todas as pessoas, independentemente da raça, gênero ou etnia. No caso de uma seleção de recrutamento, por exemplo, isso significa que todas as pessoas devem ter os mesmos recursos e oportunidades para se candidatar à vaga e serem considerados para o cargo em questão.

A equidade, por outro lado, reconhece que não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”. Em suma, ela tem como objetivo garantir que as pessoas desfrutem das mesmas oportunidades. No caso de um candidato se inscrever para uma vaga de trabalho, uma lente equitativa ofereceria recursos e níveis exclusivos de atendimento para garantir o mesmo padrão fornecido aos candidatos não minoritários.

Portanto, a igualdade fornece os mesmos recursos a todos, enquanto a equidade fornece recursos diferentes, dependendo da necessidade. No geral, o objetivo final da equidade é elevar as identidades que sempre sofreram com exclusões raciais e socioeconômicas mesmo nível oferecido às outras pessoas. Assim, a distinção e aplicação da equidade, e igualdade é fundamental para todas as organizações que desejam agir e respeitar verdadeiramente a ampla gama de diversidades existentes entre seus profissionais.

 

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